domingo, 30 de julho de 2017

Conselho de Lutero contra um "leviatã" chamado relativismo

Lutero queima a bula de excomunhão
Num dia desses fui convidado a de uma celebração de bodas de prata de um casal amigo, ouvi de um (quase) frei franciscano: "nos dias de hoje, estamos em batalha contra um grande leviatã chamando relativismo". Dizia isso para lembrar do compromisso perene do matrimonio e o erro do pensamento secular que o transformou em fase transitória, que acaba facilmente com as dificuldades cotidianas.

Mas a fala me remeteu a fala de outro cristão do século XX. Martinho Lutero quando proferiu sua defesa perante a Assembleia Nacional na Alemanha, em 1521, disse:

"A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém!"

De fato, o relativismo impregnou a igreja evangélica brasileira. Pior que isso, comprometeu nossa capacidade crítica. Basta um irmão levantar um questionamento para ser confrontado com os chavões de sempre: "não toque no ungido do Senhor", ou, "Deus é quem julga", sem falar na famosa acusação, "pelo menos ele dá frutos", esse último ás vezes seguido de um "e você, onde estão seus frutos?".

No ano que marca os 500 anos da Reforma Protestante, é preciso tomar nota com o exemplo de Lutero: SOMENTE A ESCRITURA (Sola Scriptura) é nossa fonte de autoridade absoluta, sob a qual, todas as outras e nossa própria mente devem ser arguida. Qualquer postura que fuja a isso é conivência com o leviatã mencionado pelo frei.