sábado, 28 de julho de 2012

Assembleianos se revoltam contra intervenção política na igreja

Já não é de hoje que pseudo-pastores usam e abusam seus púlpitos para transformar congregações inteiras em currais eleitorais. Mas é novo o fato dos fieis se rebelarem contra tal prática. Foi o que aconteceu numa pequena congregação da Igreja Assembléia de Deus Ministério Madureira.

Se esta moda pega, logo Macedos, Santiagos, Malafaias, Rodovalhos, Soares e Cia. Ldta. estarão em apuros.

Quem nos conta melhor esta história é a Rô Moreira, do blog Mulheres Sábias.

Vejam este vídeo para que vocês tenham uma ideia de como a coisa funciona: o pastor estava fazendo um trabalho excelente numa pequena igreja AD de Osasco. Porém, o "presidente do campo" ordenou que ele orientasse seus membros a votarem em "fulano de tal". O pastor não criou caso, mas também achou que não deveria usar o púlpito para isso. Resultado: a igreja sede INTERVIU na igreja, retirando o pastor. Porém, ele era tão querido na comunidade(pequena) que a igreja se rebelou... vejam o vídeo e entendam o sistema que está por trás disso...


terça-feira, 24 de julho de 2012

Nepotismo e primeiro damismo: retrocessos do Governo Beto Richa


Beto Richa diz a esposa: "calma Fernandinha, te arrumo um cargo bem legal!"
O uso da maquina estatal para empregar parentes do governante em vigência, vem sendo fortemente combatido desde a década de 90, quando ativistas e a sociedade em geral empreenderam grande movimento contra tal prática. No Governo do Estado do Paraná este modelo de favorecimento persiste, porém, com nova roupagem. É o fenômeno que denominamos de nepotismo “legal”.

É fato que o nepotismo “legal” não é prática exclusiva do Governo Richa. No período em que Roberto Requião ocupava o Palácio do Iguaçu – e por um tempo o das Araucarias – viu-se o governador empregar parentes, como o irmão Mauricio Requião, que entre outras funções foi Secretário de Educação do Paraná. No entanto, a gestão do tucano trás outro elemento que muitos demandam esforços para eliminar da administração pública brasileira, o “primeiro damismo”.

O primeiro damismo consiste na arcaica prática surgida nos anos 30 de nomear a primeira dama para a pasta da Assistência Social, tornando-a, uma espécie de “mãe dos pobres”, figura caridosa que por sua bondade distribui cestas básicas e donativos para as famílias carentes. É o “lado bom” do prefeito/governador/presidente. Com a constituição de 1988, as políticas sociais saem do âmbito do assistencialismo para alcançar o patamar de direitos sociais. Logo, está figura bisonha da primeira dama “assistente” passa a ser combatido. Passa-se a exigir um profissional de referência para estar à frente dessas políticas e/ou programas sociais.

Na contramão deste processo histórico, Beto Richa nomeou sua esposa, Fernanda Richa, para assumir a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. Para a criação desta Secretaria, outras pastas foram desmanteladas (este processo merece um artigo a parte) centralizando não somente a Assistência Social, bem como as políticas públicas para a juventude – que no presente momento vem sendo efetivadas pela polícia militar e seu cacetete disciplinador (risos) – e à criança e ao adolescente. Novamente, tem-se a primeira dama a frente da Assistência Social.

Basta navegar um pouquinho pela página da Secretaria da Família para ver o personalismo desta senhora Richa, ou então, conversar com um especialista da área para entender que o que relato aqui não é simples devaneio de uma mente de esquerda, mas trata-se de um traço evidente de uma prática comum do coronelismo que submete a implementação das políticas sociais ao clientelismo político, de tal forma que a população as entenda como benevolência da primeira dama e seu esposo, o governante.