quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ACES: Estudantes secundaristas querem re-organizar entidade

Diretoria Provisória da ACES com representantes do DCE Unioeste
por Victor Hugo Junior
Jornal Impacto Acadêmico


Estudantes de Cascavel se reuniram na última terça-feira (29/11) para instituir a nova gestão da Associação Cascavelense dos Estudantes Secundaristas (ACES). O movimento pretende colocar a entidade no centro dos debates da política estudantil local. Abandonada desde 2009, a entidade já figurou entre as principais lutas dos estudantes secundaristas e pretende, com esta nova diretoria, retomar a discussão da busca de uma sede, do resgate dos móveis, dos documentos antigos e levantar a polemica do Passe Livre.
Participaram da reunião representantes de vários Colégios Estaduais do município, além de membros do DCE da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) e a diretoria da União da Juventude Socialista (UJS) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).  
“Temos que nos organizar e lutar, ir pra rua, fazer valer a nossa voz, para que as autoridades possam ver o que realmente acontece na sala de aula e consigamos verbas para reformas, para que nossos Colégios tenham ainda mais qualidade”, disse a estudante, Gianni Broetto, do Colégio Olinda Truffa. Gianni foi eleita presidente da comissão provisória junto com o estudante Luis Felipe do Colégio Consolata.
Esta nova gestão deve seguir até março de 2012, quando está prevista a conferencia anual da ACES. Podem participar do movimento todos os estudantes secundaristas de Cascavel que tenham o interesse em ingressar na luta por melhorias em suas Escolas.

VIVA A ASSOCIAÇÃO CASCAVELENSE DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS!!!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Analise de Conjuntura para o 50º CONUPES*

Passeata pela Educação no 50º CONUPES
Congresso da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas*

Anderson Tosti

        O cenário mundial tem sofrido grandes transformações. A primavera árabe tem trazido novos ares para o mundo. Nessas manifestações contra governos ditatoriais, a juventude tem sido protagonista e, se fazendo valer do uso das redes sociais, tem se encontrado e marchado junto aos trabalhadores de diversos países para a derrubada de governos que há anos vem agredindo os povos do oriente médio. Se aproveitando dos levantes populares, temos visto recentemente a agressão da OTAN ao povo líbio, mostrando a já conhecida faceta belicista do imperialismo.
        As últimas crises do capitalismo, além de alertar para a inviabilidade de um “capitalismo humanizado” e da insuficiência deste modo de produção, levam EUA e a União Européia ao caos. Nesses países, temos visto os governos atacarem os trabalhadores com pacotes econômicos que somente favorecem aos banqueiros e aos monopólios capitalistas. Nossa solidariedade a todos que heroicamente resistem. Sejam nas ruas da Grécia ou nas manifestações em Wall Strett, o povo precisa abrir caminho para o rompimento com o projeto burguês!
        No Brasil, desde a chegada do primeiro operário ao palácio do planalto em 2003, temos experimentado um novo período de desenvolvimento. O rompimento com a política neoliberal da era FHC e o fortalecimento do Estado brasileiro tem sustentado o país frente às crises mundiais. Tanto a nova política adotada desde o governo Lula quanto o que se tem feito sob a condução da presidente Dilma tem garantido uma nação forte e que resiste frente à política econômica do imperialismo vigente. A última reunião do G-20 prova este novo papel do Brasil no cenário mundial.
        A realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas do Rio em 2016, contribuem para a projeção mundial de um Brasil mais desenvolvido, garantindo também um grande investimento em infra-estrutura urbana para os grandes centros que sediam estes eventos e, em menor escala, investimentos em algumas pequenas e médias cidades que serão sub-sedes dos jogos.
        No entanto, entendemos que a política econômica do Banco Central precisa ser revista sendo o ponto central desta, a diminuição dos juros.
Mesmo diante de tantos avanços que presenciamos em nosso país nos últimos anos, temos visto também o constante ataque da mídia burguesa que constantemente atacam os movimentos sociais e em maior grau, o Governo Federal. Com um falso moralismo, atacam o governo Dilma diariamente em seus noticiários buscando desestabilizá-lo.
Diante disso, reafirmamos a necessidade de uma unidade popular contra os possíveis cortes e ofensiva imperialista ao nosso povo e a cooperação entre os países da América Latina para apontarmos ao mundo um novo modelo econômico socialmente justo.
        O Paraná nos últimos meses tem vivido na contramão dos avanços do Brasil. O governo Demo-tucano de Beto Richa trás consigo a “herança maldita” da era Lerner, de caráter privatista e de sucateamento dos serviços públicos. Prova disso são os recentes cortes de verba das Universidades Estaduais; a imposição para o fechamento de turmas do ensino fundamental ao médio; fechamento de escolas rurais; corte de repasse, pelo Governo Estadual, de verbas do Programa Nacional de Auxílio o Transporte, deixando os estudantes do campo sem deslocamento para as escolas; entre outras. Por outro lado, se institui uma política de terceirização indireta dos serviços públicos e de taxas abusivas – como as taxas do DETRAN que em alguns casos chegam a 500% de aumento – onerando o trabalhador.
        Por isso, reafirmamos a necessidade dos estudantes ocuparem as ruas ao lado da classe trabalhadora, para barrar os retrocessos e garantir a soberania do povo paranaense.

Viva a UNIÃO PARANAENSE DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS!!!


*O 50º CONUPES ocorreu nos dias 04 e 05 de Novembro em Arapongas e elegeu Felipe Barreto (UJS) como presidente da UPES.