quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Salve Jorge e a hipocrisia gospel


Postagem lançada nas redes sociais pela IURD
Antes de mais nada, gostaria de me posicionar com relação a minha fé... sou Cristão!

Em alguns momentos esse público gospel me tira do sério. Em quase todos para falar a verdade. 

O crescimento expressivo dos evangélicos faz crescer também as campanhas pró-fascistas e discriminatórias, a exemplo do que se faz com os homossexuais. 

Não vou correr o risco de generalizar.  Neste movimento há quem se salve. 

Observando a fundo cada campanha lançada por este público nas redes sociais, logo percebemos que são ovelhas lideradas por lobos famintos – por cifrões é claro.

Desde o anuncio da nova novela das nove, as redes sociais se encheram de manifestações contrárias a trama pelo simples fato de o título – Salve Jorge – fazer referência a uma expressão usada nas religiões afro – que as postagens insistem em confundi-las com o espiritismo.

Não que goste de novela. Não gosto! Não que eu goste da Globo, não gosto! O que me espanta é tamanha hipocrisia de parte do público evangélico. A campanha contra esta novela demonstra a atitude explicita de preconceito à religiões de matriz afro. 

Basta visitar a casa de alguns “irmãos” entre 9 e 10 horas para perceber que quase todos assistem as novelas globais.

Cenas de Sexo?
– Tudo bem, tapamos os olhos das crianças!

Violência (morte, roubo, estupro, etc.)?
– Tá em todo lugar, que mal tem?!

Prostituição, traição, mentiras, armações...
– Ah, para... é só uma novelinha!

Olha, um personagem pai de santo!
– Novela o capeta... Saí dele, saí, saí!!! Não assistam irmãos, olha a maldição entrando em sua casa!

Exemplo de público religioso boçal e hipócrita

Na boa, esta campanha é liderada pelo “Exército Universal” que por sua vez é liderado pelo "Bispo" Edir Macedo, dono da rede Record de televisão. Vão me dizer que “A Fazenda” é de Deus com toda aquela gente pelada tomando banho.

– Mas quem criou o peitão e o popozão senão o nosso senhor gezuis!!!

Diferente do que alguns insistem em afirmar, o que se vê não é o avanço da influência dos evangélicos na sociedade brasileira, mas um número expressivo de fiéis usados como massa de manobra na luta por audiência entre Record x Globo. 

Mais uma vez reafirmo: não gosto de novela, não gosto da Globo – embora assista alguns programas dessa emissora – mas pior que isso é a hipocrisia dessa galera gospel.

Gloria Perez está certa: “Não se deve ampliar a voz dos imbecis”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Minhas observações sobre o processo eleitoral em Cascavel



Sei que minha opinião sobre o pleito não interessa a ninguém, mas vou expressá-la como forma de desabafo... Risos.

Há meses me lancei nesta jornada junto com os camaradas da UJS e do PCdoB – organizações pelas quais eu milito. E não foi fácil... Enfrentamos um candidato em sua sexta eleição consecutiva e que por duas vezes já administrou a cidade. Nosso oponente usou e abusou de seu poder de atual mandatário do Paço durante as eleições. Beto Richa – derrotado na capital paranaense – centrou forças em Cascavel e mobilizou até UPS para a região aonde Edgar levou uma "surra" de Lemos no primeiro turno – ato que teve show do governador descendo de helicóptero na comunidade. Não bastasse isso, o governador anunciou junto a prefeitura a construção do hospital municipal naquela região. Tudo isso a poucos dias da eleição. Isso tudo somado a campanha caluniosa e difamatória do então candidato Edgar Bueno.

No entanto, há de se ressaltar que a candidatura do Professor José Lemos teve uma vitória do ponto de vista tático. Pela primeira vez em nosso município, a eleição se polarizou entre o campo da direita e o da esquerda. Não votamos no “menos pior”, votamos num projeto que visava inserir a população nos processos decisórios da prefeitura... e isso não é qualquer coisa.


O que tivemos em Cascavel foi uma prévia do que virá em 2014: o campo neoliberal do governador Beto Richa de um lado e as forças progressistas do Governo Federal de outro.


Como bom comunista que sou, creio que ganhando ou perdendo as eleições, a luta é diária e o trabalho militante com as bases da classe trabalhadora é fundamental para a construção partidária e a conquista do socialismo. O que travamos neste ano foi uma batalha pontual... Ainda há muito por fazer...

Avante! Ainda temos o mandato do Vereador Paulo Porto como instrumento de luta.



VIVA A UJS!
VIVA O PCdoB!