Segue entrevista que antecedeu a minha eleição à presidência do Conselho Municipal da Juventude (CMJ), dada ao Jornal Tribuna das Cidades para a edição de 29 de Julho de 2013.
Perfil>>>
Nome
completo: Anderson dos Santos Tosti
Idade:
25
Natural
de: Cascavel
Profissão/Formação:
Estudante, Bolsista de iniciação cientifica.
Livro
preferido: leio a Bíblia com freqüência e sou fascinado por “Os Miseráveis” de
Victor Hugo.
Preferência
ideológica/partidária: sempre a esquerda (risos).
Personalidade
mundial ou nacional que admira: Ernesto Guevara, o Che.
Jornal Tribuna: Conte um pouco sobre sua trajetória política,
como foi o seu primeiro contato com a política e de onde surgiu a vontade de
participar?
Tosti: Nunca
planejei estar na política, aconteceu por necessidade. Eu estava no ensino
médio de um colégio periférico e repleto de problemas. Encontrei no grêmio
estudantil uma oportunidade de intervir neste ambiente escolar. A partir daí nunca
mais parei. Fui secretario da ACES (Associação Cascavelense dos Estudantes
Secundaristas), coordenador geral do DCE da Unioeste em Toledo, colaborador da
UPE (União Paranaense dos Estudantes) e dirigente da UJS (União da Juventude
Socialista). Paralelo a isso, sempre participei de grupos de jovens em igrejas
evangélicas, o que me ajudou a ter maior contato com as demandas da juventude
das diversas camadas sociais.
JT: Qual é, na sua opinião, a importância do
Conselho de Juventude para Cascavel?
T: O
papel de um conselho é exercer o controle social, intervir diretamente na
elaboração e execução das políticas publicas. Quando se trata desta faixa
etária o desafio é imenso. Embora a juventude tenha sido protagonista nas
mobilizações e vitorias mais significativas do povo brasileiro, apenas a partir
de 2010 fomos incluídos na Constituição Federal como sujeitos de direitos que
merecem uma especial atenção. Jovem era um termo popular, mas não
constitucional, com uma série de direitos subtraídos e negligenciados. Os
jovens estão entre os que mais sofrem com a violência, as drogas, o desemprego,
a falta de perspectiva, com os problemas estruturais de mobilidade, saúde e
educação. Quando se trata de Cascavel a situação é ainda mais agravante. Aqui
há total ausência de políticas públicas voltadas para nós. O Conselho Municipal
de Juventude vem para servir de canal de diálogo com o executivo, legislativo e
outras instâncias. Precisamos trabalhar junto aos órgãos competentes para
propor e construir essas políticas.
JT: Como você acha que pode contribuir para as
discussões acerca da juventude em nosso município?
T: Como
morador da periferia, conheço de perto as maiores necessidades da juventude.
Contudo, é importante ressaltar que me dispus a ser candidato a presidência do
conselho não como parte de um projeto pessoal, mas como porta voz de um grupo
que se formou durante o processo que antecedeu a efetivação deste conselho.
Para nós, o controle social só poder ser exercido em sua plenitude se o
conselho tiver como centralidade a comunidade. Não queremos com isso propor uma
cisão entre executivo e sociedade civil, pelo contrário, acreditamos que
somente com a unidade de ação entre esses atores sociais vamos construir as
políticas publicas necessárias para alcançar os anseios da juventude. Falando
especificamente sobre minha contribuição, acredito que toda minha trajetória no
movimento estudantil me ajudou a compreender que é necessário abrir canais de
diálogo com os jovens: ir as comunidades, aos bairros, as praças, as escolas,
enfim, é preciso democratizar a forma como se elaboram as políticas sociais. A
juventude tem muito pra falar. Este conselho precisa ser uma ponte entre a
juventude, suas demandas e o executivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário