quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Entrevista ao Jornal Tribuna das Cidades


Segue entrevista que antecedeu a minha eleição à presidência do Conselho Municipal da Juventude (CMJ), dada ao Jornal Tribuna das Cidades para a edição de 29 de Julho de 2013. 





Perfil>>>
Nome completo: Anderson dos Santos Tosti
Idade: 25
Natural de: Cascavel        
Profissão/Formação: Estudante, Bolsista de iniciação cientifica.
Livro preferido: leio a Bíblia com freqüência e sou fascinado por “Os Miseráveis” de Victor Hugo.
Preferência ideológica/partidária: sempre a esquerda (risos).
Personalidade mundial ou nacional que admira: Ernesto Guevara, o Che.

Jornal Tribuna: Conte um pouco sobre sua trajetória política, como foi o seu primeiro contato com a política e de onde surgiu a vontade de participar?
Tosti: Nunca planejei estar na política, aconteceu por necessidade. Eu estava no ensino médio de um colégio periférico e repleto de problemas. Encontrei no grêmio estudantil uma oportunidade de intervir neste ambiente escolar. A partir daí nunca mais parei. Fui secretario da ACES (Associação Cascavelense dos Estudantes Secundaristas), coordenador geral do DCE da Unioeste em Toledo, colaborador da UPE (União Paranaense dos Estudantes) e dirigente da UJS (União da Juventude Socialista). Paralelo a isso, sempre participei de grupos de jovens em igrejas evangélicas, o que me ajudou a ter maior contato com as demandas da juventude das diversas camadas sociais.

JT: Qual é, na sua opinião, a importância do Conselho de Juventude para Cascavel?
T: O papel de um conselho é exercer o controle social, intervir diretamente na elaboração e execução das políticas publicas. Quando se trata desta faixa etária o desafio é imenso. Embora a juventude tenha sido protagonista nas mobilizações e vitorias mais significativas do povo brasileiro, apenas a partir de 2010 fomos incluídos na Constituição Federal como sujeitos de direitos que merecem uma especial atenção. Jovem era um termo popular, mas não constitucional, com uma série de direitos subtraídos e negligenciados. Os jovens estão entre os que mais sofrem com a violência, as drogas, o desemprego, a falta de perspectiva, com os problemas estruturais de mobilidade, saúde e educação. Quando se trata de Cascavel a situação é ainda mais agravante. Aqui há total ausência de políticas públicas voltadas para nós. O Conselho Municipal de Juventude vem para servir de canal de diálogo com o executivo, legislativo e outras instâncias. Precisamos trabalhar junto aos órgãos competentes para propor e construir essas políticas.

JT: Como você acha que pode contribuir para as discussões acerca da juventude em nosso município?
T: Como morador da periferia, conheço de perto as maiores necessidades da juventude. Contudo, é importante ressaltar que me dispus a ser candidato a presidência do conselho não como parte de um projeto pessoal, mas como porta voz de um grupo que se formou durante o processo que antecedeu a efetivação deste conselho. Para nós, o controle social só poder ser exercido em sua plenitude se o conselho tiver como centralidade a comunidade. Não queremos com isso propor uma cisão entre executivo e sociedade civil, pelo contrário, acreditamos que somente com a unidade de ação entre esses atores sociais vamos construir as políticas publicas necessárias para alcançar os anseios da juventude. Falando especificamente sobre minha contribuição, acredito que toda minha trajetória no movimento estudantil me ajudou a compreender que é necessário abrir canais de diálogo com os jovens: ir as comunidades, aos bairros, as praças, as escolas, enfim, é preciso democratizar a forma como se elaboram as políticas sociais. A juventude tem muito pra falar. Este conselho precisa ser uma ponte entre a juventude, suas demandas e o executivo.

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