sexta-feira, 24 de abril de 2015

Na Moral, Silas Malafaia errou a mão no debate

Convidado para falar sobre a exposição de cenas sensuais e de homossexualidade nas novelas globais, Malafaia errou a mão nos seguintes aspectos:


1 - COMPARAÇÃO COM A PROGRAMAÇÃO TELEVISIVA NORTE-AMERICANA

A grade de programação dos ianques talvez seja a mais suja e violenta do mundo. Ao citar os EUA como exemplo de civilidade e progresso, o Pr. Mala sempre busca a ligação com o fato de os evangélicos ser quantitativamente pronominantes por lá, dessa vez falhou e o próprio Silvio de Abreu prontamente o corrigiu.

2 - OFENDE OS VALORES DA MAIORIA:
Esta mesma maioria garante as novelas globais os altíssimos e quase imbatíveis índices de audiência e o status de patrimônio cultural que alcançaram.

3 - DISCUTIR O CONCEITO E NÃO A FORMA:
Discutir se homossexualidade é normal ou não, se o termo homofobia é o mais adequado para definir ou não o preconceito aos gays, é chover no molhado. O ponto central do debate era quão prejudicial é a exposição de cenas eróticas em horários que milhares de crianças estão sentadas com os pais em frente a TV.

4 - TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO NÃO AJUDAM:
Malafaia insistentemente falava sobre a intenção das novelas em destruir princípios morais da cultura judaico-cristão, alertando sempre para um risco a longo prazo. Ora, esse debate não é nada concreto. Apenas um povo mimado e imaturo sucumbi com seus valores diante de um inimigo tão fácil de se ignorar. Nossos irmãos em Cristo precisam aprender a usar o controle remoto e a retomar uma dinâmica familiar produtiva, ao invés de pedir à um canal profano que santifique sua programação.

5 - MALAFAIA NÃO REPRESENTA OS EVANGÉLICOS:
Ao evocar o título de presidente da Associação dos Pastores Evangélicos, Malafaia se equipara a um "Papa Gospel". Eu por exemplo nem sabia da existência dessa organização, tão pouco o pastor da comunidade ao qual pertenço. Ora, um dos grandes ganhos da Reforma Protestante foi acabar com a centralização das figuras eclesiásticas. Malafaia não me representa.

Preciso falar da insistente mania de querer vencer no grito? Nada cortês para quem se propõe participar de um debate de ideias.

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